terça-feira, 20 de julho de 2010

Yes I said yes I will yes!!!


Recebi e resolvi compartilhar aqui...
Tah guardado!
E sim, eu digo sim!

"
O sol brilha para você. Ele me disse no dia em que estávamos deitados entre os rododendros no cabo de Howth, com seu terno de tweed cinza e seu chapéu de palha, no dia em que eu o levei a se declarar sim. Primeiro eu lhe dei um pedacinho de doce de amêndoa que tinha em minha boca e era ano bissexto como agora. Sim, há 16 anos! Meu Deus depois daquele longo beijo, quase perdi o fôlego. Sim, ele disse que eu era uma flor da montanha. Sim, certo somos flores todo o corpo da mulher. Sim, foi a única coisa verdadeira que ele me disse em sua vida e o sol está brilhando para você hoje. Sim, por isso ele me agradava. Vi que ele sabia ou sentia, o que era uma mulher, e tive a certeza de que poderia sempre fazer dele o que eu quisesse e dei-lhe todo prazer que pude para levá-lo a me pedir o sim e eu não quis responder logo.
Só fiquei olhando para o mar e para o céu pensando em tantas coisas que ele não sabia, em Mulvey e no Sr. Stanhope e Hester e papai e no velho capitão Groves e nos marinheiros que brincavam de boca-de-forno de cabra-cega de mão-na-mula, como eles diziam no molhe e a sentinela defronte à casa do governador com a coisa em redor de seu capacete branco. Pobre diabo meio assado e as moças espanholas rindo com seus xales e seus pentes enormes e os pregões na manhã. Os gregos, judeus, árabes, e não sei que diabo de gente ainda de todos os cantos da Europa, e na rua Duke e o mercado de aves cheio de cacarejos em frente a casa de Lalaby Sharon e os pobres burricos tropicando meio adormecidos e os vagabundos encapotados dormindo na sombra das escadas, e as enormes rodas dos carros de boi e o velho castelo velho de milênios . Sim, e aqueles belos mouros todos de branco e de turbante como reis pedindo a você que se sente em suas minúsculas barracas e Ronda janelas velhas de pousadas olhos espiando por detrás de rótulas para que seu amante beije as grades de ferro, e as tabernas semicerradas à noite, e as castanholas, e a noite que perdemos o barco em Algeciras o vigia rondando sereno com sua lanterna... e Oh! Aquela terrível torrente profundo fluente.. Oh! e o mar carmim às vezes como fogo e os poentes gloriosos e as figueiras nos jardins da Alameda. Sim, todas as estranhas vielas e casas rosa, azul e laranja e os rosais e os jasmins e os gerânios e os cáctus e Gibraltar quando eu era jovem uma Flor da montanha. Sim, quando eu pus a rosa em meus cabelos como as moças andaluzas ou de certo uma vermelha. Sim, e como ele me beijou sob o muro mourisco e eu pensei: bem tanto faz ele como outro. E então convidei-o com os olhos a perguntar-me de novo. Sim, ele perguntou-me se eu queria. Sim, dizer sim minha flor da montanha e primeiro enlacei-o com meus braços. Sim, e puxei-o para mim para que pudesse sentir meus seios só perfume. Sim, e seu coração disparando como louco e ... sim, eu disse sim, eu quero sim!!!"

Fragmento final do monólogo de Molly Bloom, de Ulysses, de James Joyce
.

Obrigada! =)

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Yes I said yes I will yes!!!

Recebi e resolvi compartilhar aqui...
Tah guardado!
E sim, eu digo sim!

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O sol brilha para você. Ele me disse no dia em que estávamos deitados entre os rododendros no cabo de Howth, com seu terno de tweed cinza e seu chapéu de palha, no dia em que eu o levei a se declarar sim. Primeiro eu lhe dei um pedacinho de doce de amêndoa que tinha em minha boca e era ano bissexto como agora. Sim, há 16 anos! Meu Deus depois daquele longo beijo, quase perdi o fôlego. Sim, ele disse que eu era uma flor da montanha. Sim, certo somos flores todo o corpo da mulher. Sim, foi a única coisa verdadeira que ele me disse em sua vida e o sol está brilhando para você hoje. Sim, por isso ele me agradava. Vi que ele sabia ou sentia, o que era uma mulher, e tive a certeza de que poderia sempre fazer dele o que eu quisesse e dei-lhe todo prazer que pude para levá-lo a me pedir o sim e eu não quis responder logo.
Só fiquei olhando para o mar e para o céu pensando em tantas coisas que ele não sabia, em Mulvey e no Sr. Stanhope e Hester e papai e no velho capitão Groves e nos marinheiros que brincavam de boca-de-forno de cabra-cega de mão-na-mula, como eles diziam no molhe e a sentinela defronte à casa do governador com a coisa em redor de seu capacete branco. Pobre diabo meio assado e as moças espanholas rindo com seus xales e seus pentes enormes e os pregões na manhã. Os gregos, judeus, árabes, e não sei que diabo de gente ainda de todos os cantos da Europa, e na rua Duke e o mercado de aves cheio de cacarejos em frente a casa de Lalaby Sharon e os pobres burricos tropicando meio adormecidos e os vagabundos encapotados dormindo na sombra das escadas, e as enormes rodas dos carros de boi e o velho castelo velho de milênios . Sim, e aqueles belos mouros todos de branco e de turbante como reis pedindo a você que se sente em suas minúsculas barracas e Ronda janelas velhas de pousadas olhos espiando por detrás de rótulas para que seu amante beije as grades de ferro, e as tabernas semicerradas à noite, e as castanholas, e a noite que perdemos o barco em Algeciras o vigia rondando sereno com sua lanterna... e Oh! Aquela terrível torrente profundo fluente.. Oh! e o mar carmim às vezes como fogo e os poentes gloriosos e as figueiras nos jardins da Alameda. Sim, todas as estranhas vielas e casas rosa, azul e laranja e os rosais e os jasmins e os gerânios e os cáctus e Gibraltar quando eu era jovem uma Flor da montanha. Sim, quando eu pus a rosa em meus cabelos como as moças andaluzas ou de certo uma vermelha. Sim, e como ele me beijou sob o muro mourisco e eu pensei: bem tanto faz ele como outro. E então convidei-o com os olhos a perguntar-me de novo. Sim, ele perguntou-me se eu queria. Sim, dizer sim minha flor da montanha e primeiro enlacei-o com meus braços. Sim, e puxei-o para mim para que pudesse sentir meus seios só perfume. Sim, e seu coração disparando como louco e ... sim, eu disse sim, eu quero sim!!!"

Fragmento final do monólogo de Molly Bloom, de Ulysses, de James Joyce
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Obrigada! =)

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